O IBC-Br (Í;ndice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), fechou 2015 com queda de 4,08%. O número considera a série sem ajuste, já que compara dois períodos iguais (um ano fechado). Considerando diferenças sazonais, a queda é de 4,11%.

As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (18).

Se o número for confirmado pelo órgão que calcula o PIB oficial, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), será a pior recessão em 25 anos, desde 1990.

O PIB é a soma de tudo o que é produzido no país.

Décima queda mensal

Em dezembro, o IBC-Br do Banco Central caiu 0,52%, na comparação com novembro. A comparação é feita já descontando as diferenças sazonais entre os meses de novembro e dezembro.

Essa foi a décima queda mensal consecutiva do indicador.

No quarto trimestre, a prévia do PIB aponta encolhimento de 1,87% na comparação com o período anterior.

Recessão cada vez pior

O resultado do IBC-Br mostra que o cenário de recessão piora cada vez mais, em meio às incertezas fiscais e políticas no país.

Quase todos os setores da economia vêm registrando sucessivos resultados negativos. Além disso, o desemprego está aumentando, os índices de confiança, caindo, e a inflação e os juros estão em patamares altos.

A economia brasileira encolheu 1,7% no terceiro trimestre do ano passado (dado oficial mais recente) em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2014, a queda foi de 4,5%, no pior resultado desde 1996, quando começa a série histórica.

IBC-Br

O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.